Sociedade se mobiliza contra projeto de alargar faixa das praias de João Pessoa
Os movimentos sociais, ambientalistas, pesquisadores e políticos se mobilizaram e articularam a realização de uma audiência pública para a próxima 4ª feira, na Assembléia Legislativa da Paraíba para debater e discutir propostas para impedir a implantação do projeto do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, de alargar a faixa de areia da orla da capital. Paralelamente, cidadãos comuns estão fazendo circular pelas redes sociais um abaixo-assinado que será enviado ao prefeito e ao seu vice, Léo Bezerra contra o projeto apresentado na Câmara Municipal no início do mês. Até este sábado (25), aproximadamente 12 mil pessoas tinham assinado o documento online: bit.ly/AlargamentoNaoJP.
Na avaliação do presidente do presidente da ONG MovSocial, o ex-sindicalista Arimatéia França, essas duas ações são resultado na primeira reunião que ocorreu dia 14 e que reunião pessoas que não concordam com esse projeto do prefeito Cícero Lucena. “É uma proposta que está em descompasso com o Meio Ambiente. Estamos acompanhando o que vem ocorrendo na praia de Camboriú, em Santa Catarina, onde Cícero esteve lá no ano passado. Queremos discutir projetos importantes e necessários à todos cidadão paraibanos e a quem vem nos visitar como turista. Por que ele, Cícero e Léo, não investem os 200 milhões em projetos sociais como mais casas populares dignas, mais escolas em tempo integral, cursos de formação profissional aos jovens que buscam emprego nesse mercado de trabalho competitivo e tecnológico. O que todos queremos é uma cidade sustentável para todos, não somente para alguns setores da sociedade”, questiona e sugere Arimatéia França.
Para o presidente do MovSocial está claro que a prefeitura precisa ouvir biólogos, pesquisadores da UPFB e UFPE sobre o que pode ocorrer nas correntes marítimas existentes no litoral paraibano. “ Percebe-se que Lucena age de acordo com impulsos de seus pares. É preciso buscar o diálogo. Agora é mexer em algo que existe há milhões de anos e que poderá resultar numa tragédia ambiental”, questiona França.