Inteligência Artificial e o Meio Ambiente

A Inteligência Artificial (IA) tem desempenhado um papel significativo na proteção ambiental, oferecendo soluções para monitoramento de ecossistemas, otimização de recursos e previsão de desastres naturais. Por exemplo, redes elétricas inteligentes auxiliadas por IA podem reduzir perdas no transporte de energia, contribuindo para a eficiência energética.

No entanto, o desenvolvimento e a operação de sistemas de IA também apresentam desafios ambientais consideráveis. O treinamento de modelos de grande escala consome quantidades substanciais de energia. Estudos indicam que a pegada de carbono associada ao treinamento de um único modelo de linguagem de grande porte pode chegar a aproximadamente 300.000 kg de emissões de dióxido de carbono, equivalente a cerca de 125 voos de ida e volta entre Nova York e Pequim.

Além do consumo energético, os centros de processamento de dados, essenciais para a operação da IA, demandam grandes volumes de água para resfriamento dos servidores. Por exemplo, em 2022, os centros de dados do Google utilizaram cerca de 21 bilhões de litros de água para manter suas operações.

Diante desse paradoxo, é crucial equilibrar os benefícios da IA na promoção da sustentabilidade com os impactos ambientais decorrentes de sua implementação. A busca por soluções de “IA verde” visa desenvolver modelos mais eficientes em termos de energia e recursos, minimizando a pegada ecológica da tecnologia.

Embora a IA ofereça ferramentas valiosas para enfrentar desafios ambientais, é imperativo considerar e mitigar os efeitos negativos associados ao seu consumo de recursos, garantindo que seu desenvolvimento e uso sejam verdadeiramente sustentáveis.

Por: Ary Junior

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