Programa Brasil Cigano visita cidade de Sousa, na Paraíba
A caravana participativa do Programa Brasil Cigano chegou, quarta-feira (24), a Sousa, no Sertão paraibano. O município abriga a maior comunidade cigana da América Latina, com cerca de 600 famílias e mais de 4.000 pessoas.O Programa Brasil Cigano é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos (SQPT), vinculada ao Ministério da Igualdade Racial.
Conforme a programação, encontro entre representantes da SQPT e os ciganos de Sousa tem como objetivo discutir as necessidades do grupo. “Uma das competências do nosso Ministério é visibilizar a luta das populações ciganas e garantir o acesso a direitos básicos. Por isso, lançamos a Caravana Brasil Cigano, parte de um processo participativo de elaboração do Programa Brasil Cigano. Os ciganos da etnia Calon, residentes em Sousa, marcam a história de resistência, resiliência e luta coletiva pela vida.”, explica a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
De acordo com o Governo Federal, a caravana irá passar por todas as regiões do Brasil, com encontros em Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins. Atualmente, estima-se a existência de mais de um milhão de pessoas ciganas brasileiras, pertencentes a etnias Calon, Rom e Sinti. Espalhados por todo o país, estes grupos demandam por representação, inclusão e reconhecimento.
Brasil Cigano
O programa parte da revisão de materiais anteriormente produzidos como o ‘Guia de Políticas Públicas para Povos Ciganos (2014)’ e a ‘Carta ao Presidente Lula e ao Ministério da Igualdade Racial: Povos Ciganos reivindicam propostas específicas ao novo governo (2023)’. A partir desses documentos, foram elaborados eixos e objetivos estratégicos para assegurar o acesso às políticas públicas pelos povos ciganos. São eles:
I – direitos e cidadania;
II – inclusão social;
III – acesso à terra, território e moradia;
IV – infraestrutura e qualidade de vida;
V – inclusão produtiva, econômica e etnodesenvolvimento