Governo Milei fecha um dos mais importantes museus dedicados à memória da ditadura na Argentina

O governo do presidente ultraliberal Javier Milei tomou a decisão de fechar o Centro de Memória Cultura Haroldo Conti, um dos principais marcos argentinos na preservação da memória sobre os crimes da ditadura militar. O encerramento das atividades foi comunicado pelo secretário de Direitos Humanos, Alberto Baños, por meio de uma mensagem no WhatsApp enviada a funcionários no dia 31 de dezembro, e a medida entrou em vigor na última quinta-feira (2).

O espaço, criado em 2008, homenageia o escritor Haroldo Conti, vítima da repressão militar que o sequestrou e desapareceu em 1976. Desde sua inauguração, o museu serviu como local de conscientização histórica, promovendo atividades culturais e educacionais como literatura, teatro, dança e fotografia, em um esforço contínuo para manter vivas as reflexões sobre os anos de chumbo na Argentina.

A justificativa apresentada pelo governo Milei para o fechamento foi a necessidade de “reestruturar” o local, alinhando-se à agenda de austeridade promovida pelo presidente, que busca reduzir o tamanho do Estado.

Por: Guilherme Paladino (247)

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