Ambientalistas se reúnem para debater projeto de engorda das praias de João Pessoa

Praia do Cabo Branco

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, foi à Câmara municipal e anunciou, no último dia 7 de fevereiro, que “vai iniciar obras de alargamento das principais praias urbanas da capital paraibana”. O anúncio gerou uma série de questionamentos por parte de ambientalistas, políticos e pesquisadores. Para ampliar o debate e discutir os motivos e razões que levaram o alcaide pessoense a tentar implantar na capital da Paraíba o mesmo projeto executado em Balneário Camboriú, Santa Catarina, acontece nesta terça-feira (14), uma reunião ampla na sede do Sindicato dos Bancários, às 19h, em João Pessoa.

O ex-sindicalista e coordenador do MovSocial, Arimatéia França, informou que a reunião é articulada pelo gabinete do vereador Marcos Henriques (PT) de João Pessoa e vai contar com a presença do professor doutor Saulo Vita, geógrafo, doutor em Geociências, professor e pesquisador do departamento de Geociências da UFPB. França explica que o momento é de se buscar entender quais os impactos ambientais que podem advir da decisão anunciada por Cícero Lucena. “Nem março do ano passado o prefeito esteve visitando a cidade de Balneário Camboriú com a justificativa de discutir projetos comuns as duas cidades, mas acredito que ele foi lá ver de perto como ficou a praia depois do alargamento”, lembrou França.

Arimatéia França, coordenador do MovSocial

Ambientalistas e políticos que se posicionaram contra o projeto do prefeito Cícero Lucena acreditam que o objetivo é ampliar a faixa de areia das praias e abrir discussões para as construções de ‘espigões’ na orla de João Pessoa. Na Paraíba, por lei estadual de 1989, as construções de edificações na faixa de 500 metros devem cumprir um escalonamento vertical que deve ter uma altura máxima de até três andares. Arimatéia França entende que para evitar especulações sobre os reais interesses do projeto, o prefeito de João Pessoa abrir sua proposta à discussão com todos os segmentos da sociedade paraibana e quais benefícios tal ação, que está orçada em mais de R$ 200 milhões, trará aos cidadãos e turistas.

 

Redação

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